“Acho que fechei aquele comercial de seguro.”
“Sério?”
“Se liga: numa casa de classe média a gente coloca um moleque jogando bola...”
“Dentro da casa?”
“É, tipo na sala. Ele vai driblando o vendo e imitando o Galvão, de repente ele grita: ‘pro gol!!!’ e dá uma bicuda na bola em direção a um janelão de vidro...”
“e Arregaça a janela.”
“Não! Aí que está o diferencial. O moleque chuta a bola e a imagem entra em slow, bem slow mesmo, a família toda em pânico prevendo a janela em cacos, então aparece um goleiro e defende a bola.”
“Um goleiro!?!”
“É, tipo um lance meio surreal, metafórico. O goleiro é a seguradora, entendeu?”
“Pra ficar surreal mesmo você poderia contratar o Tafarel.”
“Boa. Se ele estiver vivo a gente contrata.”
“E na hora do slow, podia entrar uma musiquinha japonesa.”
“Fechou!... E já que você falou em musiquinha japonesa, vamos tomar um saquê?”
“Bóra!”
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