Quantos palavrões você fala quando abre uma garrafa de Gatorade? Normalmente eu falo cinco: um para tirar o plastiquinho, um para destravar a tampa e três para descolar o lacre (dependendo da cola, vai uns 10 só nesse processo).
A minha dúvida é: por que o Gatorade tem tanta proteção? Tenho a impressão de que, se uma bactéria ‘X’ cair lá dentro, corre-se o risco da humanidade toda ir para o saco em semanas. Imagino as manchetes que precederiam o juízo final: “Supergermes vitaminados por isotônicos ameaçam o planeta”, “Surto de Gatobactéria causa corrida aos supermercados”, “Mortes por Gatobactéria passa de 1 bilhão no mundo”, “presidente B*staNato anuncia que Gatobactéria é só uma caganeirinha”, “Brasil em festa: B*staNato morre em decorrência da Gatobactéria”.
Mas, saindo do sonho e voltando aos problemas cotidianos, é bom admitir que não evoluímos muito no quesito “tampa de coisas”. A de lata de sardinha, aquela que vem com um anel para você puxar, é um fiasco - quando não quebra no meio do processo, no final da abertura ela dá um tranco que joga óleo para todo lado. Já perdi dezenas de camisetas e alguns pijamas nessa distração. Aquela embalagem de frios que a gente abre pela orelhinha e depois fecha de novo é a invenção do capeta, quase impossível de abrir e, uma vez feito, não fecha mais - Não cumpre a promessa. A lata de palmito (que já foi símbolo da força masculina) também requer habilidade e conhecimento básico de física para ser aberto. “Ah, o truque é enfiar uma faca no cantinho e deixar sair o ar”. Já ensinava a vovó... Mas, se não tiver faca, esquece.
Fato é que, está todo mundo preocupado em lacrar, mas deslacrar que é o grande problema. Fica a dica para indústria da vedação.
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